15 de nov. de 2009

O fantasma da altitude

   O que mais me preocupa na viagem é o pouco tempo que vamos ter para nos adaptar a altitude. Minha primeira experiência com o fantasma da altitude não foi muito positiva. Em 1994, quando chegamos de ônibus em La Paz (3.660 m), eu passei muito mal. Alguns anos depois, no Aconcágua, dos seis, eu fui o que mais sofri. Não passei de 5 mil metros e fui obrigado a voltar para Mendoza.
   E nosso organismo não tem uma memória da altitude. O fato de eu já ter ido outras vezes a lugares altos não me dá nenhuma vantagem sobre uma pessoa que esteja indo pela primeira vez. 
   Nosso planejamento segue algumas regras básicas para uma boa adaptação: subir devagar e dormir sempre em um lugar mais baixo do que o mais alto atingido no dia. Alimentação e hidratação também não podem ser negligenciadas.
   O roteiro que devemos seguir é o seguinte:
  • 26/11 - Viagem. Saímos de Brasília às 9h15 e chegamos em Quito (2.800m) às 22h depois de escalas em São Paulo e na Cidade do Panamá.
  • 27/11 - Quito. Dia para pesquisar os preços dos guias, eventual aluguel de equipamento, comprar mantimentos e pegar as últimas informações para a semana seguinte.
  • 28/11 - Quito. Algum passeio perto para algum lugar só um pouquinho mais alto.
  • 29/11 - Quito. A primeira subida é tranquila. Vamos de teleférico (Teleferiqo) até 4.100m. Lá no alto tem restaurantes, um parque e outras atrações. Vamos tentar sair do complexo e subir até o cume do Rucu Pichincha (4.680m), uma caminhada de aproximadamente três horas. Ficamos o maior tempo possível lá no alto e voltamos no último bondinho para dormir mais uma noite em Quito.
  • 30/11 - Vamos cedinho para o Parque do Cotopaxi. Lá fazemos alguns trekkings leves e dormimos em um dos hotéis/refúgios das proximidades, provavelmente o Hotel Cuello de Luna (3.125m).
  • 1/12 - Vamos até o refúgio José Rivas (4.800m) na base do Cotopaxi. Tentaremos dormir no Tambopaxi Lodge (3.700 m)
  • 2/12 - Trekking leve no parque e muito descanso para dormir cedo no refúgio e começar o ataque ao cume de madrugada.
  • 3/12 - Sofrimento! Vamos começar o ataque ao cume à meia-noite. A previsão são sete horas de percurso até a cratera. Depois mais umas três  horas para o retorno até o refúgio. No mesmo dia, retornamos para Quito.
  • 4/12 - Dia de descanso em Quito.
  • 5/12 e 6/12 - Saímos de Quito no sábado, às 16h, e chegamos em Brasília às 8h25 de domingo, depois de escalas no Panamá e Belo Horizonte.

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